sábado, 27 de junho de 2009

Otimismo (ou Um Conto Adolescente)



Nos comentários da postagem anterior acabei falando um pouco de como funcionava (ou funciona?) os atritos entre os rapazes locais e "estrangeiros", na disputa pelas moças de uma cidadezinha do interior do Paraná...

Enquanto escrevia o tal comentário, rememorei um pouco o passado e recuperei um textinho do final da minha adolescência, em meio a tantas confusões de sentimentos, no conflito entre o se deseja e o que se deve fazer...
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"Drummond contou que “João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém”. Cecília falou que não se encontra com ninguém, que tem fases como a lua, que o dia de alguém ser dela não é o dia dela ser desse alguém. Vinícius não foi diferente, escreveu que “a vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros na vida”. (...) .E tantos outros e outras, inúmeros famosos e milhões de anônimos, à murmurar que essa história de amor recíproco está mais para conto de fadas do que para acontecer em suas vidas.


A Psicanálise já constatou que sempre amar quem não nos ama e não amar quem nos ama pode, grosso modo, ser chamado de histeria. Essa informação em nada vem aliviar a dor dos que viram as noites sem sono, dos que tomam a enézima dose no bar ou dos que olham para o asfalto acolhedor de cima de um prédio qualquer.

Há ainda um ditado que diz que “amor é convivência”. Isso se comprovará se formos olhar para o costume antigo, e quase extinto em nossa cultura, dos casamentos arranjados. Haverá testemunhos de que o amor veio em conseqüência. Era certo. Mas os tempos mudaram e, com eles, os hábitos dos povos. No momento espera-se a “alma gêmea”, a “cara metade”, o amor que será mútuo e com o final de “e foram felizes para sempre”.

Muito provavelmente uma pesquisa estatística dirá que há maior probabilidade de se amar convivendo do que de se enamorar por alguém também por ti enamorado. Nesse caso, atendendo aos apelos dos números, é melhor tentar amar quem te ama e amá-lo conseqüentemente. Pois amar é preciso, e amar e ser amado é essencial.

Então a decisão está tomada. Acabou o impasse. Valorize quem te valoriza. Ame a quem te ama. Deseje a quem te deseja. E assim, ponto final. Mas..., espere! É melhor não se precipitar. Quem sabe a pessoa a quem se ama não tenha acabado de chegar à mesmíssima conclusão" (Janaína Leslão, 1998)

PS: ou seja, os meus devaneios não começaram hoje... rsrs
PS1: feminista? Acabo de notar que, sem ter noção dessas coisas, escrevi "outros e outras"... KKK
PS2: de onde eu tirei esse verbo "enamorar"? Simplesmente Amei!

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domingo, 21 de junho de 2009

O Papão, a brasileira e o taxista.



Ontem peguei um taxi em Maputo, capital federal de Moçambique. No rádio tocava uma música brasileira dos anos 90. Assim, comecei um diálogo com o taxista:

_ Aqui toca muita música brasileira no rádio. É isso mesmo ou é só uma impressão minha?
_ Sim, senhora. E também 80% da programação da televisão vem do Brasil.

_ Que? Oitenta por cento não é muito? Eu não assisto muito televisão, mas parece-me que só tem um canal que é brasileiro. Nos outros canais passam novelas brasileiras, mas todo o resto não é de lá!
_ Não senhora, tem muita coisa brasileira.

_ Certo... Mas, conte-me uma coisa. No início dessa semana eu estava assistindo um programa de entrevista totalmente moçambicano e falavam do Papão Nigeriano...
_ Ah, eu vi essa entrevista hoje, na reprise...

_ Então, como é isso de Papão?
_ Ah, senhora, isso não é verdade não!
_ Não? As pessoas que falaram no programa tinham certeza que ele existia...
_ Eu acho que é um mito.

_ E como é o mito? Quero que me conte como é o Papão que as pessoas acreditam, porque assisti só um pedaço do programa de televisão e eu queria entender melhor!
_ O Papão Nigeriano se apresenta como um homem sedutor. Está sempre em carros luxuosos. Convida as mulheres para passear. A mulher moçambicana é muito vulnerável e aceita o convite. Ele as leva para discotecas, bons restaurantes... Depois da noite de passeios elas ficam tão agradecidas que fazem sexo com ele. Na hora que vai se despedir, o Papão Nigeriano dá algo como 15 mil meticais(*) para ela. Então nesse momento ela percebe que há algo de errado. Ele diz que com o dinheiro é para ela comprar fígado e uma urna funerária. O fígado é para colocar na vagina e assim alimentar os vermes depositados nela. A urna funerária é para o seu próprio enterro, porque quando o dinheiro para o fígado acabar os vermes se alimentarão de suas próprias vísceras, e ela morrerá.

_ E o senhor realmente não acredita que ele exista?
_ Olha, senhora, eu trabalho de taxista na noite já faz oito anos. Se existisse eu já tinha encontrado com ele!
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_ Então o senhor não acredita!
_ Yah, eu não acredito, mas também não duvido...

(*) Quinze mil meticais correspondem a aproximadamente 550 dólares americanos.
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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Papão Nigeriano em Moçambique.



No início desta semana eu estava assistindo televisão e me deparei com uma entrevista tão interessante que, no mesmo momento, decidi que ia falar dela por aqui! O tema era “Papão Nigeriano: Mito ou realidade?”

Era um programa de debate, ao vivo, aberto a participação do público moçambicano. Pode-se ligar e fazer perguntas para os convidados ou enviar um SMS (mensagem pelo celular) e ela aparece na tela da televisão, no “rodapé”!
Bem, peguei o programa andando... Mas conto o que vi e ouvi:

“O Papão é um homem supostamente nigeriano que anda pela cidade em um carro 4x4 preto. Ele seduz as mulheres para com elas ter relações sexuais. Porém durante o ato sexual deposita na mulher inúmeros vermes que, posteriormente, irão lhe corroer as vísceras.
O que acontece com essas mulheres é triste e certo. Ao descobrir que estão com os vermes também tem que se preocupar em arrumar dinheiro para comprar seu próprio caixão, pois inevitavelmente irão morrer.
Quando chegam a ser hospitalizadas as visitas levam fígado de presente, pois assim os vermes podem se alimentar de outra coisa que não as vísceras da doente.
Quando falta fígado nos açougues da cidade é porque muitas mulheres estão doentes e necessitando do alimento.”

O Papão sempre ataca quando é inverno. Até onde se sabe, nos últimos tempos andava escondido na África do Sul, mas agora voltou a reaparecer por Moçambique. Fotos dele foram distribuídas pela cidade de Maputo. As mulheres são avisadas para se afastar de carros grandes e pretos.

As opiniões se dividem quando ao Papão ser um mito ou uma realidade! No programa estavam presentes um médico e um jornalista. Infelizmente não consegui entender a opinião do médico. Mas achei que ele ficou algo “em cima do muro”. Já o jornalista afirmava com convicção a existência do ser, inclusive ele mesmo estava fazendo pesquisas e reunindo provas. Quanto aos telespectadores, esses enviavam mensagens onde relatavam suas experiências com o Papão.

Um sociólogo aqui de Moçambique está acompanhando essa história mais de perto. Seu blog é:
http://oficinadesociologia.blogspot.com/2009/06/o-papao-nigeriano-que-deixa-vermes-nas_08.html

E, seja como for, vale o exercício:
1) associar o dito sobre os vermes com o que se fala sobre o HIV.
2) pensar do porque é justamente um Papão “estrangeiro”.

Um poeminha lindinho, ainda que"duvidoso":
"Bicho papão
viu moça em flor
e papoula"
(Martha Medeiros)
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quinta-feira, 11 de junho de 2009

As palavras daqui!




Desta vez vamos a algumas curiosidades do português falado aqui em Moçambique!
Sei que isso não é nada de novo pros leitores viajados, mas como desejo também contar para alguns queridos que só conhecem um ou dois estados brasileiros... Isso para mim é importante!


Pra começar digo que o sotaque daqui é muito mais próximo do sotaque de Portugal. E, talvez devido a isso, as construções de frases e algumas palavras lembram mais o espanhol do que o português falado no Brasil. E, é claro, tem algumas palavras que só são daqui! Deixemos de conversa e vamos lá!

Palavras:
MoçambiqueBrasilAcento= sotaque (Amo acentos em geral)
Autoclisma= descarga
Auto-golo= gol contra
Avariado= quebrado, para objetos
Banda desenhada= História em Quadrinhos
Bicha= fila
Biquíni= cueca
Bola Russa= sonho de padaria
Boléia= Carona
Camisola= blusa de frio
Casa de banho= banheiro
Chávena= xícara
De borla= gratuito (Comprei 100 meticais de crédito para o celular e veio 10 de borla)
Desconseguir= não conseguir (Eu desconsigo ir para o Brasil no meio do ano)
Estou?= Alô! (Atendendo o telefone)
Farda= uniforme escolar
Fato= terno
Fato de banho= biquine, maiô, sunga
Fumado= defumado para comidas, esfumaçado para vidros de carro, por exemplo
Geleira= geladeira
Giro= bom/ bonito para pessoas e objetos
Libertar= liberar (Você pode libertar os miudos para a palesta?)
Machamba= sítio (As frutas que se vendem na rua vem das machambas das próprias pessoas)
Machimbombo= ônibus
Miúdos=crianças
Perceber= entender (Eu não percebo gramática, professora)
Refresco= refrigerante
Romper= quebrar, inclusive para ossos humanos
Sandes= sanduíche
Sapatilha= tênis
Sítio=lugar (Esqueci o sítio onde deixei meus óculos)
Talho= açougue
Tarte= torta
Tosta= torrada

Curiosas:
Chapa= van
O nome foi associado devido ao metal de que é feito o veículo! Eu, na minha maluquice achei que era porque vivia “chapado” de tanta gente.

Matabicho= café-da-manhã
O “bicho” é a fome! Dá pra entender já que a guerra terminou em 1992 e esse é um dos países mais pobres do mundo. A expressão virou verbo matabichar! Eu matabichei, você matabichou, nós matabichamos... Apesar de triste, AMEI!

Expressões:
Agarra a calma= dito para as pessoas se acalmarem
Ainda!= ainda não! (omite-e o não)
Essa comida sabe!= Quando a comida é muito saborosa!
Há de vir= uma forma de dizer que algo ainda não está pronto, mas acontecerá (essa expressão sempre dá um medo... Porque o tempo fica sem suspensão... Há de+ um verbo... Hei de ter esperanças... rsrs)
Já está!= já está pronto (omite-se o pronto)
Maningue nice= muito bom (maningue é do idioma local, nice vem do inglês aqui da áfrica do Sul)

E mais:As palavras com SC se pronunciam como se tivessem X. Foneticamente fica assim: NAXER, CREXER, DEXER, PIXINA, ADOLEXENTE...

O gerúndio aqui não existe! Eu, por exemplo, não estou escrevendo esse texto, estou a escrever este texto!


Os miúdos da escola dizem que no Brasil não se fala português, e sim brasileiro! Bem, pra “chutar o pau da barraca” (e não ser nada didática porque já o fui até aqui), uma boa resposta é que, se assim for, só se fala português em Portugal! Que se no Brasil o idioma é o brasileiro, aqui se fala moçambicano, em Angola se fala angolano e assim por diante!! Em um dia com mais paciência alguém explica que a língua está em constante modificação!
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Por hora é isso... Essa postagem foi feita em especial para Estela, que mora lááá no interior do Paraná, em uma cidadezinha com 15 mil habitantes... Afinal, ela é professora de brasileiro, ops, português! E sei que vai se deliciar com isso!




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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Nossa casa: minha e sua!

Hoje, 05 de junho, é o dia de pensar mais seriamente em cuidar da nossa casa...
Sim, moranos junt@s! E vim a público contar um pouco de nós!
Sei que não nos entendemos quanto ao melhor jeito de cuidar de nossa moradia.
Você me chama de desleixada... Eu acho você neurótic@...
Então fico a imaginar o que você pensa quando eu grudo goma de mascar no sofá da sala... Quando deixo pilhas e baterias esparramadas pelo corredor... Ah, e aproveito pra dizer que aquela sacola plástica que eu trouxe ontem do supermercado tinha um ovo quebrado. Cheirava mal e a deixei na maçaneta da porta, do lado de fora... Na verdade não me importo muito se você pegará na sujeita para abrir a porta, ou se vai ficar constrangid@ de receber uma visita e a casa estiver assim... Entre e lave as mãos se estiver incomodad@!
Nossa casa é grande, depois você pode levar a visita para o seu quarto, ou para qualquer outro lugar em que esteja mais limpo e arrumado. No caminho é só cuidar de não pisar nas pilhas porque pode cair, nem sentar no sofá porque pode grudar! Digo isso para que você não me acuse de ser irresponsável e egoísta! Aviso porque estou pensando no seu bem!
Seja como for, já dei as instruções de como evitar se aborrecer! A casa é nossa e, como eu moro nela, me dou ao direito de fazer aqui que bem quero!
Só espero que você não reclame até do cheiro e fumaça do óleo queimado, que sai da panela que esqueci no fogo... Afinal, já tem a privacidade de seu quarto! Se o ar vai até você, não é minha culpa. Talvez seja bom você usar uma máscara de oxigênio!

Cinco de junho, DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE!
Só temos este planeta. Esta é a nossa casa!
Hoje, estreia em mais de 110 países, o filme HOME!




BEM, O FILME ESTÁ DISPONIVEL NO YOUTUBE... PREPARE A PIPOCA! DURA 1H33! O LINK VAI ABAIXO!!
http://www.youtube.com/homeprojectES
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E como dizem os moçambicanos: ESTAMOS JUNTOS!
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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Notícias Africanas 05 (Colcha de Retalhos)



Feliz 01 de junho!
Sim, aqui hoje se comemora o Dia da Criança!

Eu não sabia, até agora, que essa é a data oficial da ONU para o Dia Mundial da Criança! Uma pena que o mundo não a celebre ao mesmo tempo, se unindo em uma luta conjunta por um mundo mais digno e justo para elas e, conseqüentemente, para tod@s nós!

Por aqui tivemos festa em praça pública, organizada por uma moça que admiro muito chamada Nina Yengo. Ela é minha companheira de trabalho e desde que a conheci seu principal tema são as crianças, principalmente as que vivem na rua. Ela queria que ao menos uma vez as crianças pudessem comemorar o dia a brincar, com uma refeição e uma vestimenta. Nina colocou familiares e amigos loucos com seu empenho, mas cumpriu seu objetivo! Sábado e domingo foram dias de festa!

As crianças aqui brincam e dançam muito, e não só em dia de festa! Muita brincadeira de roda, corda, dança e Cia. Nas escolas ainda se brinca pra valer, diferente do que acontece no Brasil. Eu aos 12 anos, mesmo morando no interior do Brasil, só brincava de roda e corda na rua, não na escola. Aqui sim! Então imaginem o tanto de músicas diferentes que acompanham essas brincadeiras! Dezenas e mais dezenas! Algumas soam conhecidas, provavelmente devido ao colonizador em comum, o português. Outras músicas são completa novidade, quer pela letra, quer pelo idioma. Uma verdadeira riqueza!

E já que eu falei de música da cultura popular infantil, vamos a Marrabenta. Marrabenta é um ritmo local muito popular e querido. Segundo eles não existe festa que não toque marrabenta. O jeito de dançar é primo de nosso funck carioca e, assim como ele, dependendo dos bailarinos a dança passa de sensual para vulgar... Bem, mas seja como for, a música é tocada até em festa da de casamento de noivos da Igreja Assembléia de Deus. Quem me contou esse fato foi um amigo brasileiro assembleiano, que veio trabalhar aqui e ao comparecer ao casamento de um colega de sua igreja se surpreendeu com o som e, mais ainda, com a presença da dança na festa do casamento.

Segundo uma filmagem de 1970, que retrata o surgimento da marrabenta ,tudo começou com uma moça que não conseguia um namorado. Ela foi a um curandeiro que diagnosticou que o problema estava em suas pernas, a curou e solicitou que ela dançasse (algo como o “levanta-te e anda” de Jesus). Ela se levantou, dançou mexendo as pernas que antes estavam doentes e, dançando, conseguiu a atenção dos rapazes.

Já mais atualmente, na onda de valorização do país e da cultura Moçambicana, o Mc Roger gravou uma música de muito sucesso, cuja letra começa assim: “Mc Roger na área, que havia de ser, para valorizar o que é nosso! A marrabenta está de boa saúde e recomenda-se!”. A música segue dizendo que “A marrabenta representa o que é nosso” e que o ritmo tem que ser ensinado para as crianças para que elas aprendam a gostar do que é daqui e tenham boa auto-estima!

Os dois vídeos citados acima foram postados aqui no blog. Assim os mais interessados podem fazer um paralelo da batida atual, em relação a filmagem de 1970. Também podem conferir no clipe do Mc os adultos dançando de forma mais sensual e as crianças dançando de forma mais tradicional, vestidas nas também tradicionais capulanas.

E para terminar a colcha de retalhos, vamos às capulanas! Capulanas são tecidos tradicionais aqui de Moçambique. Medem em torno de 1m por 1,50m, são muito coloridos e servem para uma variedade imensa de coisas. A forma mais popular de uso in natura é amarrado na cintura como saia, amarrado no tronco para carregar os bebês e jogado nos ombros como xale em dias de frio. Mas, fora isso, também são confeccionadas camisas masculinas, vestidos para festas, toalhas de mesa, cortinas para janelas e mais o que a imaginação mandar. Tanto que esses dias estávamos a imaginar como seria ir a uma festa vestid@ de capulana e ao entrar no lugar ver que a estampa de sua roupa é a mesma das toalhas de mesa! Bem, isso aqui não deve ser o fim-do-mundo! Já para a gente...

Ah, e a última que fique sabendo é que em um funeral a mulher sempre tem que ir vestida de capulana. Caso contrário, ela se sente nua, deslocada, como que se não estivesse verdadeiramente respeitando aquele momento de morte! Fiquei a construir a cena em minha cabeça, dezenas de mulheres lindamente vestidas em suas capulanas coloridas, a andar no cortejo... Talvez a cantar, talvez a bater palmas... Só sei que me deu uma vontade danada de assistir um funeral. Sei que é uma vontade muito estranha, mas a curiosidade fala mais alto! Quem sabe até ir embora, ainda que não deseje a morte de ninguém, eu não tenha oportunidade de assistir a algum, de prefêrencia de um completo estranho! E se isso acontecer, claro que vou dividir com vocês!

Beijos ao som da marrabenta!
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1970- História da música de Moçambique

Marrabenta atualmente

Mc Roger- Dança Marrabenta



Neyma- Kina Marrabenta (Kina= Dança, idioma local)

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