segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Janaínas e Iemanjás Musicais II

Semana passada fiz uma postagem, de cunho bastante afetivo, onde contava um pouco a descoberta dos significado do meu nome e as melodias que deram mais sentido a ele, com o passar dos anos.

Ocorre que muitas canções sobre Janaínas ficaram de fora. Alguns amigos e amigas chamaram atenção para o fato e expliquei que não foi mero esquecimento. De fato escolhi algumas naquele momento e deixo, hoje, aqui outras tantas.

CAMINHOS DO MAR (Dorival Caymmi)
Yemanja Odoiá Odoiá
Rainha do mar
Yamanja Odoiá Odoiá
Rainha do mar

O canto vinha de longe
De la do meio do mar
Não era canto de gente
Bonito de admirar

O corpo todo estremece
Muda cor do céu do luar

Um dia ela ainda aparece
É a rainha do mar

Yemanja Odoiá Odoiá
Rainha do mar
Yemanja Odoiá Odoiá
Rainha do mar

Quem ouve desde menino
Aprende a acreditar
Que o vento sopra o destino
Pelos caminhos do mar

O pescador que conhece
as historias do lugar
morre de medo e vontade
de encontrar Yemanja

Yemanja Odoiá Odoiá
Rainha do mar
Yemanja Odoiá Odoiá
Rainha do mar



CANTO DE YEMANJÁ (Vinicius de Moraes/ Badem Powell)
Vem do luar no céu
vem do luar
no mar coberto de flor, meu bem
de Yemanjá
de Yemanjá a cantar o amor
e a se mirar
na lua triste no céu, meu bem
triste no mar

Se você quiser amar
se você quiser amor
vem comigo a Salvador
para ouvir Yemanjá
a cantar na maré que vai
e na maré que vem do fim
bem do fim do mar
bem mais além

Yemanjá, Yemanjá
Yemanjá é dona Janaína que vem
Yemanjá Yemanjá
Yemanjá é muita tristeza que vem



RAINHA DO MAR (Dorival Caymmi)
Minha sereia é rainha do mar
Minha sereia é rainha do mar
O canto dela faz admirar
O canto dela faz admirar

Minha sereia é moça bonita
Minha sereia é moça bonita
Nas ondas do mar
Aonde ela habita

Ai tem dó
De ver o meu penar
Ai tem dó
De ver o meu penar




CAMAFEU (Candeia)
Camafeu
Cadê Maria de São Pedro?
Foi passear
E os passeios de Maria fez a Bahia chorar
Maria foi lá pra longe
Maria não vai voltar
Mas deixou sua família
Pra seu nome cultuar

Lalá i lá, Lalá i lá
Lalá i lá, Lalá i lá
É Janaína
Janaína, Janaína
Janaína, Janaína

Camafeu cadê Mestre Pastinha?
Tá com oitenta pra lá
Ainda joga capoeira
Com quem tem vinte pra cá
E por onda de alaqueto
Não precisa perguntar
Encontrei com menininha
Perto do seu casuá
Lalá i lá, Lalá i lá
Lalá i lá, Lalá i lá
É Janaína
Janaína, Janaína
Janaína, Janaína

Camafeu, Camafeu cadê você?
Estou em todo lugar
Só vendendo bugigangas
No mercado popular
Se o mercado está fechado
Pego o barco e vou pescar
Samba no mar, Samba no mar
Samba no mar, Samba no mar

Samba no mar da Bahia
Samba no mar Engenho Velho
Samba no mar Manzurica
Samba no mar Edomarica
Samba no mar Mestre Branca
Samba no mar Corridó
Samba no mar Odilon
Samba no mar, Samba no mar
Samba no mar, Samba no mar

Samba no mar da Bahia...



JANAÍNA (Otto)
Disse um velho orixá pra Oxalá
Pra acreditar
Pra não temer, temer, temer
Desses tempos verdadeiros
Tempos maus

Dia 2 de fevereiro
Dia de Iemanjá
Vá pra perto do mar
Leve mimos pra sereira
Janaína Iemanjá
Pra perto do mar
Leve mimos pra sereia
Janaína Iemanjá

Havia rosas no mar
Havia ondas na areia

Lá em Rio Vermelho
Em Salvador
Vamos dançar
Dia 2 de fevereiro
Dia de Iemanjá
Leve mimos pra sereira
Janaína Iemanjá

Disse um velho orixá pra Oxalá
Pra não temer
Pra não temer
Dia 2 de fevereiro
Festa lá no Rio Vermelho
Em Salvador vamos dançar
Leve mimos pra sereia
Janaína Iemanjá

Havia rosas no mar
Havia ondas na areia
Vá brincar no Rio Vermelho
A festa de Iemanjá
Salvador está em festa
Vou cantar

Vou cantar, ah
Pra saudade sereia
Vai brincar na areia
Para acreditar

Pra saudade sereia
Vista de branco
Dia de lua cheia



JANAÍNA (Rubens Aredes)
Janaína da Barraginha é moça bonita
Morena dos Olhos claros levantava cedo todo dia
vinha trabalhar na feira voltava e se assentava
No sofá em frente à caixa, no sofá em frente à caixa

Queria conhecer seus ancestrais
Misturou guaraná
Com ayahuaska
Conheceu os segredos do pajé e do Babalaô

Janaína da barraginha é moça forte
Mulher da raça, da lata, do preto e da cachaça
Misturou catimbó com afoxé
E fez o Egum descer do Orum

Janaína fez descer Iaci
Índia do mato
Amante de brancos
Amar rada na castanheira
morta com frieza
Extinta por inocência
Janaína fez descer Ajê Xalugã
Cidadão livre do Quilombo dos Palmares
No sofá em frente à caixa


JANAÍNA(Biquine Cavadão)
Janaína acorda todo dia às quatro e meia
E já na hora de ir pra cama, janaina pensa
Que o dia não passou
Que nada aconteceu

Janaína é passageira
Passa as horas do seu dia em trens lotados
Filas de supermercados, bancos e repartições
Que repartem sua vida

Mas ela diz
Que apesar de tudo ela tem sonhos
Ela diz
Que um dia a gente há de ser feliz
Se deus quiser.....

Janaína é beleza de gestos, abraços,
Mãos, dedos, anéis e labios
Dentes e sorriso solto
Que escapam do seu rosto

Janaína é só lembrança de amores guardados
Hoje é apenas mais uma pessoa
Que tem medo do futuro- que aconteceu? -
Se alimenta do passado

Mas ela diz
Que apesar de tudo ela tem sonhos
Mas ela diz
Que um dia a gente há de ser feliz

Já não imagina
Quantos anos tem
Já na iminência
De outro aniversário
Janaína acorda todo dia às quatro e meia
Já na hora de ir pra cama, Janaína pensa
Que o dia não passou
Que nada aconteceu



Janaína Argentina (Jorge Ben Jor)
Lá vem Janaína argentina
Por isso quando ela passar
Ninguém mexe que tem dono
Está comigo
Pode olhar, mas sem tocar

Por isso quando ela passar
Ninguém mexe que tem dono
Está comigo
Pode olhar mas sem tocar

Janaína Argentina
Mulher, doce menina
Mimosa, cheirosa, bonita e gostosa,
O perigo a flor da pele
Um prazer constante,
uma aventura, uma aposta deliciante

Por isso quando ela passar
Ninguém mexe que tem dono
Está comigo
Pode olhar mas sem tocar

Janaína argentina
Mulher, doce menina
Deixa ela desfilar
Deixa ela jogar
Deixa ela se soltar
Deixa ela brincar
Deixa ela passear
Deixa ela viajar
Deixa ela ser feliz
Deixa ela dançar
Deixa ela me amar


Imagem disponível em: www.cozinhaafetiva.com.br

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